Hoje, no Zazen, dia 30/06/13, lemos o capítulo “Mente comum, mente de Buda”, do livro “Nem sempre é assim”.
Das partes lidas, estas nos marcaram:
“O objetivo de minha palestra é dar algum apoio à sua prática. Não é necessário que vocês se lembrem do que falei. Se vocês forem se apoiar na fala, agarrem-se no apoio, não na própria árvore. Uma árvore, quando forte, talvez ainda queira algum apoio, mas a coisa mais importante é a árvore em si, não o apoio. Sou uma árvore, e cada um de vocês é uma árvore. Vocês devem ficar em pé por conta própria. Quando uma árvore se sustenta sozinha, chamamos aquela árvore de Buda. Em outras palavras, quando você pratica o zazen em seu sentido verdadeiro, você é realmente Buda. As vezes, nós a chamamos de árvore, outras vezes nós a chamamos de Buda. “Buda”, “árvore” ou “você” são os muitos nomes de um Buda”.
“Na verdade, você está aqui, bem aqui; assim, antes de se entender, você é você. Depois que você explica você não é mais você. Você só tem uma imagem. No entanto, geralmente, você se fixa na imagem que não é você e ignorará a realidade. Como Dogen Zenji disse, nós, seres humanos nos aferramos a algo que não é real e nos esquecemos completamente sobre o que é real. Na verdade, é isso o que fazemos. Se você entender essa questão, terá a compostura perfeita e poderá confiar em si mesmo. Seja o que acontecer com você, não importa. Você confia em si mesmo, e essa não é a confiança ou crença usual no que não é real. Quando você for capaz de se sentar sem nenhum som ou imagem, com a mente aberta, essa será a prática verdadeira. Quando você puder fazer isso, estará livre de tudo. Ainda assim, tudo bem, se você apreciar sua vida a cada momento, pois você não está apreciando sua vida como algo concreto e eterno. A nossa vida é passageira e, ao mesmo tempo, cada momento inclui seu próprio passado e futuro. Desse modo, nossa vida transitória e eterna continuará. É assim que nós levamos a vida cotidiana, que apreciamos o dia-a-dia e que nos livramos de várias dificuldades”.